quinta-feira, 7 de julho de 2011

Dislexia por Magda S. Vanzo Pestun1

Dislexia do desenvolvimento ou de evolução é uma desordem na aquisição da leitura e/ou escrita com competência que acomete crianças com inteligência dentro dos padrões de normalidade, sem deficiências sensoriais, isentas de comprometimento emocional significativo e com oportunidades educacionais adequadas ( Ellis, 1995; Pinheiro, 1994; Nunes, 1992, Condemarin e Blomquist, 1989). Para compreender porque a criança disléxica não consegue aprender a ler com a mesma facilidade com que lêem seus colegas, é importante considerar os meios pelos quais a criança normalmente adquire essa habilidade.


Segundo a abordagem do processamento de informações, a leitura é tradicionalmente explicada pela Teoria de duplo-processo ou dupla-rota (Hulme e Snowling, 1992; Pinheiro, 1994; Ellis, 1995). Pinheiro (1994), baseada no modelo proposto por Ellis (1984), explica que no processamento visual a primeira tarefa do leitor é identificar as letras que compõe a palavra, o que parece ocorrer no Sistema de Análise Visual, que transforma a informação recebida em um código de letra. Esse código é enviado ao sitema de Reconhecimento Visual, no qual a unidade de reconhecimento visual correspondente é ativada, resultando na identificação da palavra. Após a identificação, ocorre a ativação do significado, arquivado no Sistema Semântico. Forma-se, então, um código semântico que ativa a unidade de produção da fala, arquivada no Sistema de Produção Fonêmica. Esse sistema produz um código fonológico para a pronúncia da palavra que será enviada à memória fonêmica.

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